quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A HISTÓRIA DO PORQUINHO

Há uma pequena e antiga história a respeito de um porquinho que é muito interessante e até bem apreciada. Certo fazendeiro decidiu que iria adotar um porquinho como seu animal de estimação. Afinal, por que apenas os cães e os gatos são considerados como tais?! Assim levou para casa o suíno, deu-lhe um banho demorado com bastante xampu, lustrou-lhe as unhas, perfumou-o com bom extrato estrangeiro e lhe adornou o pescoço com um laço de fita. Na sala, ele foi colocado sobre uma fina almofada de cetim. O porquinho estava indiscutivelmente simpático e até se comportando como um autêntico animal de estimação. Os visitantes ficaram impressionados com a transformação do suíno--um animal tão pouco afeito à boa aparência e sobretudo aos preceitos de higiene.
         Tudo parecia ir muito bem, até que alguém, abrindo a porta da frente, saiu e se esqueceu de fechá-la de novo. O porquinho saltou da almofada e deixando a sala saiu numa desabalada carreira, indo jogar se em cheio numa poça de lama, ao lado da horta da fazenda. Por quê? Porque na verdade, apesar do banho, dos adornos e de todos os recursos usados em favor da boa aparência do animal, no fundo ele continuava sendo porquinho. Sua natureza, seus interesses e preferências não mudaram. Apenas o lado externo fora transformado, mas interiormente ele se mantinha o mesmo, um suíno, apesar das aparências.


         Coisa semelhante acontece com o ser humano. Podemos lançar mão de uma pessoa, vesti-la bem, cobri-la de jóias e todos os demais acessórios que tão bem complementam a boa apresentação; fazê-la assentar-se no lugar mais visível e mais confortável de uma igreja; oferecer-lhe uma luxuosa Bíblia e achar que assim ela terá alcançado a perfeição espiritual. Bem, pode até ser que por algum tempo essa pessoa consiga impressionar a família, os amigos e os líderes religiosos. Entretanto, na primeira oportunidade que lhe for oferecida, direta ou indiretamente, de voltar ao seu ambiente no seio do mundo, havemos de ver brotar de imediato sua velha natureza com todos os instintos carnais.


         Mas, por que razão agem assim? Porque, na realidade, o seu interior, o coração com todos os desejos e interesses carnais e mesquinhos, não foi mudado. Não se operou na pessoa o que Cristo chamou de novo nascimento. Não houve nenhuma mudança de atitude; nenhuma transformação de sentimentos que a fizesse consciente da sua nova natureza. Por esse motivo as pessoas se tornam insaciáveis.


"Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5.17).

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